Code Interview
Nesta etapa, queremos entender como você resolve problemas de lógica e programação. É um papo para avaliarmos seu raciocínio, a estruturação do código, seu conhecimento em algoritmos e sua comunicação.
Um lembrete: A gente entende se for sua primeira entrevista técnica ou se está voltando depois de um tempo. O mais importante é mostrar seu processo de pensamento e como resolve os problemas. E pode ter certeza: a gente está na torcida pra você mandar bem! 🚀
-
💙 O que esperamos:
- Raciocínio estruturado, com uma explicação clara do que está pensando.
- Capacidade de dividir um problema grande em partes menores.
- Conhecimento prático em estruturas de dados e algoritmos.
- Uma comunicação aberta e fluida com a pessoa entrevistadora.
-
✅ Boas práticas na entrevista:
- Leia e valide o problema com a pessoa entrevistadora.
- Comece com uma solução simples e otimize depois.
- Teste seu código com diferentes entradas.
- Nomeie variáveis de forma clara.
- Peça um minuto para pensar se precisar — isso é completamente comum e necessário!
-
💻 Plataformas para prática:
-
Linguagem de Programação:
Escolha uma linguagem de programação com a qual você se sinta 100% à vontade. O Codility (plataforma onde acontecem as entrevistas de código) oferece suporte aos idiomas listados em Interview neste artigo. Fique ligado(a): escolher outro idioma pode remover algumas funcionalidades, como destaque de sintaxe e preenchimento automático, o que pode impactar seu desempenho.
É importante saber:
- Declarar variáveis e funções com facilidade
- Iterar com for, while, forEach, etc.
- Manipular arrays, strings, mapas/dicionários
- Escrever testes simples para validar saídas e pensar em casos de borda
📌 Exemplo: “Como minha função lida com uma lista vazia? E se todos os números forem iguais?”
Estruturas de Dados:
Ter fluência nas seguintes estruturas, suas aplicações e algoritmos associados é essencial:
- Listas
- Pilhas
- Filas
- Sets
- Hashmaps
- Listas Ligadas
- Árvores (BST, AVL, Heaps)
- Grafos
Algoritmos:
- Ordenação: bubble, insertion, merge, quicksort — entenda quando usar cada um;
- Busca Binária:
- Recursão e Backtracking
- Programação Dinâmica (DP): subproblemas, memoização, tabulação
- Complexidade:
- Entenda notação Big-O (tempo e espaço)
- Avalie o custo da sua solução
- Compare abordagens e explique o motivo da sua escolha
Complexidade:
- Entenda notação Big-O (tempo e espaço)
- Avalie o custo da sua solução
- Compare abordagens e explique o motivo da sua escolha
📌 Exemplo: “Esta solução roda em O(n²), mas podemos usar um Hash Map e reduzir para O(n).”
-
Checklist – Code Interview
Pra te ajudar a se preparar com mais confiança, montamos um checklist com tudo que vale revisar antes da entrevista. Marque os itens à medida que for avançando nos estudos e práticas!
✅ Escolhi uma linguagem de programação em que sou fluente.
✅ Entendo e consigo aplicar lógica de laços, condicionais e recursão.
✅ Sei estruturar meu código com boas práticas (legibilidade, modularidade).
✅ Estudei o básico de estruturas de dados: Arrays, HashMaps, Pilhas, Filas, Árvores, Grafos e Listas Ligadas.
✅ Estudei e tenho conhecimento sobre algoritmos fundamentais: Busca Linear e Busca Binária, Algoritmos de Ordenação (Insertion, Merge, QuickSort), Recursão e Backtracking, Dynamic Programming (DP) básico.
✅ Entendo o que é Big-O notation.
✅ Sei calcular tempo e espaço das minhas soluções.
✅ Consigo comparar alternativas e justificar qual escolhi.
✅ Pratiquei explicar meu raciocínio em voz alta.
✅ Testei meu código com casos diferentes (válidos e de borda).
System Design
Nesta etapa, vamos conversar sobre arquitetura de sistemas, soluções escaláveis, confiabilidade e tomadas de decisão em cenários complexos. O objetivo é ver como você pensa, estrutura e evolui uma solução.
O mais importante nesta etapa é mostrar como você pensa. Nem sempre existe uma única solução “certa”. O que conta é a clareza, as escolhas bem justificadas e a sua capacidade de discutir os trade-offs com profundidade.
-
💻 Fontes para estudo:
- System Design Primer (GitHub)
- NeetCode – System Design
- High Scalability blog
- Blog do QuintoAndar Tech
- Livro: System Design Interview – Alex Xu
- Curso: InterviewReady – System Designa.
-
✅ Etapas para guiar sua resposta:
- Entenda o problema: alinhe escopo, usuários e objetivos com a pessoa entrevistadora.
- Comece do alto nível: pense na jornada do usuário → requisição → resposta.
- Identifique componentes: frontend, API gateway, backend, DB, cache, serviços externos.
- Detalhe interações: protocolos, latência, escalabilidade, sincronismo.
- Faça estimativas: requisições por segundo, tamanho de payloads, volume de dados.
- Explore alternativas: fila vs. polling, monolito vs. microsserviços, sync vs. async.
- Considere falhas: retry, timeout, circuit breaker, fallback.Entenda o problema: alinhe escopo, usuários e objetivos com a pessoa entrevistadora.
-
📌 Exemplo
“Se a fila estiver indisponível, o que acontece com as mensagens? Precisamos de retry? Precisamos garantir ordenação?”.
-
Ferramentas para rabiscar sua arquitetura:
- Excalidraw — simples, ótimo para entrevistas.
- FigJam — mais visual, ideal para fluxos interativos.
-
Conceitos e técnicas importantes:
- Load Balancing: round-robin, least connections, health checks.
- Caching: Redis, CDN, TTL, cache stampede, cache warming.
- Sharding e Partitioning: por ID, range, geografia, consistência.
- Mensageria: Kafka, RabbitMQ, SQS — ideal para sistemas desacoplados.
- CAP Theorem: trade-off entre consistência, disponibilidade e tolerância à partição.
- Escalabilidade: vertical vs. horizontal, auto-scaling.
- Tolerância a falhas: fallback, retry, timeout, resiliência.
- Observabilidade: métricas, logs estruturados, tracing distribuído.
- Alinhe escopo, usuários e objetivos com a pessoa entrevistadora
📌Dica: Pratique explicar com clareza por que escolheu ou descartou essas técnicas em cada cenário.
-
Checklist – System Design
Quer garantir que não esqueceu de nada? A gente te ajuda com esse checklist prático pra revisar os pontos-chave:
✅ Consigo começar por uma visão de alto nível (users → frontend → backend).
✅ Sei dividir o sistema em componentes e explicar suas responsabilidades.
✅ Consigo estimar volume de dados, requisições por segundo (QPS), etc.
✅ Sou capaz de discutir trade-offs entre diferentes decisões técnicas.
✅ Estudei os conceitos de Load Balancing (Round-Robin, Least Connection), Cache (Redis, TTL, cache stampede), Mensageria (RabbitMQ, Kafka), Sharding e Partitioning de banco de dados, CDN e estratégias de distribuição de conteúdo, Logging, monitoring e observability, Tolerância a falhas: retry, timeout, circuit breaker; NoSQL vs SQL, leitura x escrita, consistência eventual.
✅ Pratiquei criar diagramas em ferramentas como Excalidraw ou FigJam.
✅ Li ou assisti a pelo menos dois estudos de caso de system design.
✅ Resolvi problemas no LeetCode, HackerRank, NeetCode.
✅ Consultei o blog do QuintoAndar ou de empresas de tech.
✅ Participei de mock interviews ou simulei com colegas.
Atitudes que fazem a diferença
A entrevista é uma troca. Não esperamos respostas perfeitas, mas sim clareza de raciocínio, boas escolhas e uma atitude construtiva. Aqui vão dicas valiosas para mandar bem:
-
Mostre seu raciocínio
- Fale em voz alta o que está pensando, mesmo que ainda esteja em dúvida
- Explique por que escolheu um caminho ou descartou outro
- Se travar, compartilhe seu pensamento: “Estou entre duas abordagens e pensando nas implicações de cada uma…”
- Cometeu um erro? Sem problema! Mostre como ajustaria a solução
📌 Dica extra: Use termos como “minha hipótese é”, “considerando o custo computacional”, “vou priorizar clareza primeiro e depois otimizar”.
✅ Isso demonstra clareza, lógica e maturidade técnica, e evita só mostrar a resposta final – sem construir o caminho com a pessoa entrevistadora -
Comunique-se com clareza
- Resuma seu raciocínio em blocos: contexto → decisão → próximos passos.
- Valide o enunciado antes de sair codando: “Deixa eu confirmar se entendi bem o problema…”.
- Se der branco, respire, pense por dez segundos e retome — isso é normal!
- Traga a pessoa entrevistadora para a conversa com perguntas como: “Você quer que eu otimize agora ou podemos seguir com a solução inicial?”.
- Cometeu um erro? Sem problema! Mostre como ajustaria a solução.
📌 Dica extra: Falar menos também é um superpoder — pratique síntese.
Isso demonstra boa comunicação e gera confiança e clareza no processo. Evite respostas longas e sem pausas — organização faz toda a diferença
-
Colabore com quem está te entrevistando
- Demonstre abertura com frases como: “Minha ideia inicial é essa, mas estou super aberto(a) a sugestões”.
- Escute com atenção e evite interromper.
📌 Dica extra: Mostre que você enxerga a entrevista como uma construção conjunta e não um monólogo técnico.
Isso demonstra parceria e vontade de aprender. Evite adotar uma postura defensiva ou tentar parecer “infalível”.
-
Mostre autoconhecimento e evolução
- Fale sobre o que tem estudado ou praticado ultimamente.
- Compartilhe aprendizados reais, mesmo que simples.
- Cite algum desafio técnico ou interpessoal que te fez crescer.
- Se não sabe algo, tudo bem: “Não conheço tão bem, mas tentaria resolver pensando dessa forma…”.
📌 Dica extra: Traga um exemplo concreto que mostre sua evolução, como: “antes eu resolveria assim, mas hoje faria diferente por causa de…”
Isso demonstra reflexão, crescimento e adaptação. Evite respostas genéricas ou assumir que “não tem nenhum ponto a desenvolver”.
-
Conexão com o QuintoAndar faz diferença
- Conte o que te atrai no produto, no time ou na cultura.
- Mostre que você pesquisou e tem curiosidade: “Vi um artigo técnico de vocês sobre X, achei muito massa!”.
- Fale sobre o que você busca na carreira e como isso se conecta com a empresa.
📌 Dica extra: Pergunte algo genuíno no final da entrevista. Isso demonstra intenção, propósito e fit com o time.